Previsibilidade acima de qualquer suspeita

Previsibilidade acima de qualquer suspeita

Quem foi, ou quem não foi à Arena Batistão nesse sábado, 02 de março de 2019, já podia prever que a partida entre Sergipe e Ceará, deixaria o torcedor do “mais querido” cada vez mais desconfiado e triste. Mesmo sabendo que futebol é “uma caixinha de surpresas”, e que o jogo só termina depois do apito final do árbitro, há de se entender que nada seria tão previsível do que mais uma derrota do Club Sportivo Sergipe na Copa do Nordeste. Quais as razões para essa tão segura afirmação? Simples. O elenco do CSS é fraco e pífio, quando se trata de disputar um campeonato do tipo a Copa do Nordeste, recheado de equipes com elencos mais qualificados. No C. S. Sergipe não há nenhum tipo de esquema tático definido, tendo em vista a rotatividade de treinadores no grupo. Não há treinador que se segure no cargo por mais de um mês. Só esse ano, o C. S. Sergipe já demitiu dois deles. Sem comando dentro de campo, embora conte com a experiência de jogadores como: Ramalho, Marinho Donizete e o Cláudio Baiano, o time vem mal e desnorteado em muitas partidas, apesar desses atletas estarem no grupo há algum tempo, todavia estão cansados fisicamente e abalados psicologicamente. Além de tudo isso, fatores extra campo, muito contribuem para o insucesso dentro do campo de jogo, o que dificulta a concentração no trabalho. E finalmente, a dura e difícil realidade, é admitir que a maioria dos atletas do Club Sportivo Sergipe tem qualidade duvidosa, restando apenas alguns remanescentes a considerar como atletas que podem contribuir coletivamente na equipe. Falta de planejamento do Clube, contratações ruins, diretoria desprovida de profissionalismo para o futebol, são apenas alguns fatores a serem de igual modo, considerados. Aí, querer ter resultados positivos contra times de Séries A, B e C, que tem elencos providos de atletas de renome e mais qualificados, é pedir demais a quem não tem nada a oferecer. Resultado: Última colocação no grupo e sem nenhum ponto assinalado. Um desastre para o clube e uma vergonha para o futebol sergipano. Com tudo isso em questão, a diretoria peca mais uma vez, trazendo um treinador que acabou de ser demitido de uma equipe também sem qualificação, o Altos-PI, que parece ser do mesmo nível do time alvi-rubro sergipano, e que não disse ainda para que fim veio na competição regional. Resta saber se o Leandro Campos será mais um treinador a ser “degolado” dentro do certame estadual, afinal de contas, a diretoria precisava contratar um comandante com duração longa, pois o Sergipe ainda tem o Campeonato Brasileiro da Série “D” para disputar. Que essa minha previsibilidade desapareça, para que enfim o Sergipe encontre o rumo certo, o torcedor volte a ter alegrias e o futebol sergipano dê o ar da graça.

Adailson Cruz