Em
jogo tenso e sem muita técnica, os rivais Sergipe e Confiança se enfrentaram
nesse domingo, 12/01, na Arena Batistão, em partida válida pela primeira rodada
do Campeonato Sergipano 2020. Para quem imaginava encontrar um clássico cheio
de emoções, assistiu a um jogo truncado, com diversos erros de fundamentos por
parte das duas equipes que ainda buscam o aprimoramento. O Sergipe continua
tentando um entrosamento, haja vista ter um elenco novo onde os jogadores pouco
se conhecem. Já o Confiança, apesar da manutenção de boa parte dos atletas do
elenco de 2019, ainda não conseguiu ter ritmo na temporada, por essas razões,
um jogo tão morno. O técnico Paulo Foiani sabendo das limitações de sua equipe,
armou um sistema tático com muita marcação, principalmente do meio de campo pra
frente, evitando que o Confiança pudesse criar jogadas de ataque. No primeiro
tempo, o Sergipe tomou todos os cuidados possíveis para não sofrer com as
jogadas principais do Confiança, porém, não teve jeito. Tiago Ennes alçou a
bola na área, e o zagueiro Nirley aproveitou o vacilo da defesa colorada e
cabeceou no canto direito do goleiro Marcão que nada pode fazer. Confiança 1 X
0. O Sergipe não se abateu e continuou tentando algumas jogadas de ataque, não
abrindo mão da forte marcação sobre o rival.
A equipe do Confiança, mesmo na frente do placar, não conseguia avançar
contra o Sergipe, que no finalzinho do primeiro tempo, numa bola perdida pelo Ítalo
no meio de campo, puxou um contra ataque rápido e chegou ao empate com o gol
marcado pelo Anselmo, camisa 9, que com tranqüilidade soube aproveitar a falha da
equipe proletária. Tudo igual no marcador da Arena Batistão, e primeiro tempo
encerrado.
Se
na primeiro etapa o futebol não estava tão bom, o que se esperava de um segundo
tempo era mais velocidade, mais jogadas de criatividade pelo meio de campo, ou
quem sabe mais gols. No entanto, o que se viu foi um jogo amarrado, faltoso e
um verdadeiro cai-cai, principalmente por parte dos jogadores do Sergipe que
cansaram e estavam só se defendendo. O Confiança fez algumas mudanças no setor
de meio campo e ataque, tirando Rafael Villa e Gorner, e colocando Marcelinho e
Jeferson, porém, de nada adiantou. Pouca criação e algumas jogadas de bola
parada. O técnico do Sergipe também mexeu no time, tirando os dois meias de
criação (Ageu e Rafael), que pouco produziram, sendo substituídos por Álvaro e
Táta, todavia, sem nenhuma mudança significativa também! Com o Sergipe acuado e
o Confiança sem organização, o jogo estava se direcionando para um empate. Até
que numa jogada de bola parada, Thiago Ennes lançou a bola na área, a zaga do
Sergipe bateu cabeça e a bola sobrou nos pés de Ítalo, que não vacilou. Ajeitou
a bola com carinho e chutou no gol, na saída do Marcão, que lamentou
profundamente mais uma falha defensiva do seu time, aos 49 minutos do segundo
tempo. Com isso, o Confiança fez o seu segundo gol, decretando a virada e a
vitória no clássico. Confiança 2 X 1 Sergipe, e os atletas do colorado juntamente
com a comissão técnica, saíram tristes, abatidos e descontentes com essa
fatalidade no último minuto do tempo extra. Sabendo da importância que tem esse
campeonato para eles, essa derrota não fazia parte dos planos.
Final
de partida! O lado azul saiu feliz, o lado vermelho saiu triste, e o campeonato
continua! O Sergipe ainda tem seis partidas para garantir à classificação,
assim como Confiança terá as mesmas seis partidas para chegar à afirmação, e, consequentemente,
à classificação também, de olho no primeiro turno do certame.
Lições
que podemos tirar desta partida:
Clássico
é clássico! Por mais distante tecnicamente ou financeiramente que um rival
possa está do outro, no clássico, nem sempre as diferenças se refletem.
O
futebol é um esporte coletivo. Se na hora da partida os atletas não estiverem
em sintonia uns com os outros, cai por terra a técnica, a estrutura e os
esquemas táticos.
Jogo
só se decide após o apito final do árbitro. Qualquer falta de concentração em
um determinado momento da partida, pode ser fatal para um resultado negativo, e
isso acontece sempre, e em qualquer campeonato com as melhores equipes do
mundo.
O
que vimos no clássico foi um jogo de alta tensão, com duas equipes receosas,
evitando os erros. Quando isso acontece, é inevitável não errar. E foi
exatamente o que aconteceu nos três gols da partida. Três erros individuais que
culminaram nos gols assinalados.
”Pra
frente é que se anda!”, ou melhor, ”que se joga!” Esperamos ver jogos
melhores daqui pra frente num campeonato que promete grandes emoções.
É
esperar para ver.
Adailson
Cruz
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